segunda-feira, 26 de agosto de 2013

COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL

COESÃO TEXTUAL                                                                     
                                                                                                            
A redação de um bom texto depende da articulação de idéias e palavras. Na elaboração de um texto coeso empregam-se, de forma adequada,elementos coesivos que formam uma estrutura clara e coerente nas frases.                                                                                       
Alguns elementos de coesão são: a conjunção e; que indica adição, continuidade; por isso, pois (causa e consequência); mas, porém, embora, (contraste, oposição); além disso, também (adição, continuação); por exemplo, ou seja (esclarecimento); logo, portanto(conclusão).       
É preciso atenção na escolha do conectivo adequado para unir e organizar todas as partes de um texto.       
                                                                                                                                                                                                                        
COERÊNCIA TEXTUAL                                                             
                                                                                                            
A coerência textual resulta da relação harmoniosa entre as ideias apresentadas em um texto. Refere-se, dessa forma, ao conteúdo, ou seja, à sequência ordenada das opiniões ou fatos expostos de forma coerente, sem contradições ao que se afirma para os interlocutores, devendo ter:                                                  
• Organização entre as partes como um todo;                
• As frases não devem ser contraditórias,                        
• O texto deve ter princípio, meio e fim.                           

domingo, 18 de agosto de 2013

professora vanesca: UNIDADE 6 – COOPERAÇÃO PRESSUPÕE DIÁLOGO!

professora vanesca: UNIDADE 6 – COOPERAÇÃO PRESSUPÕE DIÁLOGO!: Objetivo: Refletir sobre a importância das ferramentas de comunicação digital na prática pedagógica; • Compreender a estruturação e as es especificidades do diálogo suportado por algumas das principais ferramentas de comunicação digital (bate-papo, e-mail, fóruns e listas de discussão, redes sociais);
• Habilitar-se a utilizar as principais funcionalidades dos serviços de chat, fórum e e-mail.
Síntese:
  
A comunicação pode ser sincrônica e assincrônica
Comunicação sincrônica
Falando em redes, emissor e receptor precisam estar conectados ao mesmo tempo (tempo real) para que o diálogo aconteça. Temos, nesse caso, as conferências virtuais, que podem acontecer através de vídeo, áudio ou apenas de texto escrito.
Comunicação assincrônica:
Receptor e o emissor não precisam estar em permanente e imediata interação. A mensagem, após enviada, é armazenada durante o tempo necessário até que o receptor esteja disponível para recebê-la. No caso das redes digitais, aqueles que interagem não precisam estar conectados, aguardando a mensagem. Não é o sujeito que aguarda a mensagem, é a mensagem que aguarda o sujeito.
e-mail
E-mail é um serviço de envio e recebimento de mensagens eletrônicas
Após você escrever sua mensagem no seu computador (carta), você deve informar o endereço eletrônico do destinatário. Então, você envia a sua mensagem. Você só consegue enviar porque você se cadastrou num serviço de e-mail, que faz o papel da agência dos correios. Ou seja, um computador conectado à Internet recebe sua mensagem e interpreta o endereço do destinatário para saber aonde enviá-la. Mas, apesar de ela chegar rápido, este não é um serviço síncrono. Isto porque a mensagem fica lá aguardando na caixa postal até que o seu destinatário resolva recebê-la. Esta é uma característica importante e central no funcionamento dos e-mails.
Cada pessoa possui um endereço eletrônico diferente. Este endereço deve ser obtido junto a um provedor (empresa) deste serviço, e estes têm características próprias.
Listas de discussão “A existência de um e-mail específico através do qual todos se comunicam é a chave do serviço de listas de discussão: desta forma, transformamos uma extensa lista de endereços de participantes, que altera a todo momento, em um único e imutável endereço da lista de discussão.” (DEL RE FILIPPO; SZTAJNBERG, 1996, p. 155)
Devemos ter cuidado com os spams. Que são e-mails enviados aos endereços sem o nosso conhecimento e podem carregar informações indesejáveis ou vírus.
Bate-papo
O  chat possibilita a troca de mensagens de forma bastante ágil e rápida, por isso é um tipo de ferramenta de comunicação síncrona muito usado. Ele permite conversa em tempo real, por uma ou mais pessoas distantes geograficamente. Na conversa, os participantes digitam suas perguntas, respostas ou afirmações. A diferença é que esta “conversa” acontece não verbalmente, mas por escrito. Assim, todos que dela participam veem na tela do computador o que é digitado.
Além dos sites que oferecem salas de bate-papo, existem programas que podem ser instalados no seu computador que permitem registrar um grupo de amigos, com os quais é possível conversar, sempre que estes estiverem on-line (conectados na Internet)
Um dos serviços de mensagens instantâneas bastante usado no momento é o chamado MSN, que é encontrado no site http://br.msn.com/.
Mas, há outros tantos serviços ainda (o Skype, o ICQ, o chat do Google, do Orkut).
Alguns exemplos de por que usar os chats com seus alunos são: fortalecimento de laços sociais, formação de grupos, tomada de decisões em grupo, tempestade de ideias, esclarecimento de dúvidas. Também é interessante trazer convidados para uma entrevista ou “mesa redonda.
chat pode ser uma ferramenta poderosa para dar base a projetos cooperativos de aprendizagem. Como ele reduz aspectos de gênero, raça, deficiências físicas e status social dentre outros, ele diminui a assimetria da interação entre minorias excluídas e/ou discriminadas com outros grupos.
Fórum de discussões
Na rede digital, o fórum é esse espaço virtual de discussão e debate. Nele o debate dá-se por escrito, então cada participante deve escrever sua opinião. Do mesmo modo que nos fóruns presenciais, os virtuais incluem muitos participantes e por isso a discussão deve girar em torno de um tema pré-determinado.
A forma escrita realizada em um fórum exige uma expressão mais elaborada do que aquela realizada em um bate-papo. Em outras palavras, para além do desenvolvimento da escrita, a interação no fórum estimula a organização do pensamento e, consequentemente, aprendizagens mais complexas!
Em um debate no fórum, cada participante apresenta seus comentários em dias e horários diferentes, de acordo com sua disponibilidade.
Redes Sociais
De forma ampla, Boyd e Ellison (2007) definem os sites de redes sociais como serviços baseados na web que possibilitam a uma pessoa: (1) criar no sistema, de forma pública ou com algumas restrições de acesso, um conjunto de informações que a descrevem (perfil); (2) articular uma lista de usuários com quem deseja estar conectada; (3) ver e explorar as listas de relações de outras pessoas do sistema.
Além da busca de popularidade e prestígio no sentido afetivo, percebe-se que muitas pessoas buscam nas Redes Sociais contatos que possam ser úteis para promoção pessoal e/ou de determinados produtos e serviços.
Etiqueta na rede (netiqueta)
Em qualquer processo de relacionamento pessoal, devemos observar normas e protocolos que zelam por uma boa comunicação.

sábado, 17 de agosto de 2013

Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias


Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias

http://www.eca.usp.br/prof/moran/inov.htm
José Manuel Moran
http://www.eca.usp.br/prof/moran/inov.htm
Especialista em projetos inovadores na educação presencial e a distância
Artigo publicado na revista   Informática na Educação: Teoria & Prática. Porto Alegre, vol. 3, n.1 (set. 2000) UFRGS. Programa de Pós-Graduação em Informática na Educação, pág. 137-144.


Educar é colaborar para que professores e alunos - nas escolas e organizações - transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem. É ajudar os alunos na construção da sua identidade, do seu caminho pessoal e profissional - do seu projeto de vida, no desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção e comunicação que lhes permitam encontrar seus espaços pessoais, sociais e profissionais e tornar-se cidadãos realizados e produtivos.
Na sociedade da informação todos estamos reaprendendo a conhecer, a comunicar-nos, a ensinar e a aprender; a integrar o humano e o tecnológico; a integrar o individual, o grupal e o social.
Uma mudança qualitativa no processo de ensino/aprendizagem acontece quando conseguimos integrar dentro de uma visão inovadora todas as tecnologias: as telemáticas, as audiovisuais, as textuais, as orais, musicais, lúdicas e corporais.
Passamos muito rapidamente do livro para a televisão e vídeo e destes para o computador e a Internet, sem aprender e explorar todas as possibilidades de cada meio.
O educador e as novas mídias
O professor tem um grande leque de opções metodológicas, de possibilidades de organizar sua comunicação com os alunos, de introduzir um tema, de trabalhar com os alunos presencial e virtualmente, de avaliá-los.
Cada docente pode encontrar sua forma mais adequada de integrar as várias tecnologias e procedimentos metodológicos. Mas também é importante que amplie, que aprenda a dominar as formas de comunicação interpessoal/grupal e as de comunicação audiovisual/telemática.
Não se trata de dar receitas, porque as situações são muito diversificadas. É importante que cada docente encontre o que lhe ajuda mais a sentir-se bem, a comunicar-se bem, ensinar bem , ajudar os alunos a que aprendam melhor. É importante diversificar as formas de dar aula, de realizar atividades, de avaliar.
Com a Internet podemos modificar mais facilmente a forma de ensinar e aprender tanto nos cursos presenciais como nos a distância. São muitos os caminhos, que dependerão da situação concreta em que o professor se encontrar: número de alunos, tecnologias disponíveis, duração das aulas, quantidade total de aulas que o professor dá por semana, apoio institucional. Alguns parecem ser, atualmente, mais viáveis e produtivos.
No começo procurar estabelecer uma relação empática com os alunos, procurando conhecê-los, fazendo um mapeamento dos seus interesses, formação e perspectivas futuras. A preocupação com os alunos, a forma de relacionar-nos com eles é fundamental para o sucesso pedagógico. Os alunos captam se o professor gosta de ensinar e principalmente se gosta deles e isso facilita a sua prontidão para aprender.
Vale a pena descobrir as competências dos alunos que temos em cada classe, que contribuições podem dar ao nosso curso. Não vamos impor um projeto fechado de curso, mas um programa com as grandes diretrizes delineadas e onde vamos construindo caminhos de aprendizagem em cada etapa, estando atentos - professor e alunos - para avançar da forma mais rica possível em cada momento
É importante mostrar aos alunos o que vamos ganhar ao longo do semestre, por que vale a pena estarmos juntos. Procurar motivá-los para aprender, para avançar, para a importância da sua participação, para o processo de aula-pesquisa e para as tecnologias que iremos utilizar, entre elas a Internet.
O professor pode criar uma página pessoal na Internet, como espaço virtual de encontro e divulgação, um lugar de referência para cada matéria e para cada aluno. Essa página pode ampliar o alcance do trabalho do professor, de divulgação de suas idéias e propostas, de contato com pessoas fora da universidade ou escola. Num primeiro momento a página pessoal é importante como referência virtual, como ponto de encontro permanente entre ele e os alunos. A página pode ser aberta a qualquer pessoa ou só para os alunos, dependerá de cada situação. O importante é que professor e alunos tenham um espaço, além do presencial, de encontro e visibilização virtual.
Hoje começamos a ter acesso a programas que facilitam a criação de ambientes virtuais, que colocam alunos e professores juntos na Internet. Programas como o Eureka da PUC de Curitiba, o LearningSpace da Lotus-IBM, o WEBCT, o Aulanet da PUC do Rio de Janeiro, o FirstClass, o Blackboard e outros semelhantes permitem que o Professor disponibilize o seu curso, oriente as atividades dos alunos, e que estes criem suas páginas, participem de pesquisa em grupos, discutam assuntos em fóruns ou chats. O curso pode ser construído aos poucos, as interações ficam registradas, as entradas e saídas dos alunos monitoradas. O papel do professor se amplia significativamente. Do informador, que dita conteúdo, se transforma em orientador de aprendizagem, em gerenciador de pesquisa e comunicação, dentro e fora da sala de aula, de um processo que caminha para ser semi-presencial, aproveitando o melhor do que podemos fazer na sala de aula e no ambiente virtual.
O professor, tendo uma visão pedagógica inovadora, aberta, que pressupõe a participação dos alunos, pode utilizar algumas ferramentas simples da Internet para melhorar a interação presencial-virtual entre todos.
Lista eletrônica/Fórum
Em relação à Internet, procurar que os alunos dominem as ferramentas da WEB, que aprendam a navegar e que todos tenham seu endereço eletrônico (e-mail). Com os e-mails de todos criar uma lista interna de cada turma ou um fórum.
A lista eletrônica interna ajuda a criar uma conexão virtual permanente entre o professor e os alunos, a levar informações importantes para o grupo, orientação bibliográfica, de pesquisa, a dirimir dúvidas, a trocarmos sugestões, envio de textos, de trabalhos.
A lista eletrônica é um novo campo de interação que se acrescenta ao que começa na sala de aula, no contato físico e que depende dele. Se houver interação real na sala, a lista acrescenta uma nova dimensão, mais rica. Se no presencial houver pouca interação, provavelmente também não a haverá no virtual.
Aulas-pesquisa
Podemos transformar uma parte das aulas em processos contínuos de informação, comunicação e de pesquisa, onde vamos construindo o conhecimento equilibrando o individual e o grupal, entre o professor-coordenador-facilitador e os alunos-participantes ativos. Aulas-informação, onde o professor mostra alguns cenários, algumas sínteses, o estado da arte, as coordenadas de uma questão ou tema. Aulas-pesquisa, onde professores e alunos procuram novas informações, cercar um problema, desenvolver uma experiência, avançar em um campo que não conhecemos. O professor motiva, incentiva, dá os primeiros passos para sensibilizar o aluno para o valor do que vamos fazer, para a importância da participação do aluno neste processo. Aluno motivado e com participação ativa avança mais, facilita todo o nosso trabalho. O papel do professor agora é o de gerenciador do processo de aprendizagem, é o coordenador de todo o andamento, do ritmo adequado, o gestor das diferenças e das convergências.
Uma proposta viável é escolher os temas fundamentais do curso e trabalhá-los mais coletivamente e os secundários ou pontuais pesquisá-los mais individualmente ou em pequenos grupos.
Os grandes temas da matéria são coordenados pelo professor, iniciados pelo professor, motivados pelo professor, mas pesquisados pelos alunos, às vezes todos simultaneamente; às vezes, em grupos; às vezes, individualmente. A pesquisa grupal na Internet pode começar de forma aberta, dando somente o tema sem referências a sites específicos, para que os alunos procurem de acordo com a sua experiência e conhecimento prévio. Isso permite ampliar o leque de opções de busca, a variedade de resultados, a descoberta de lugares desconhecidos pelo professor. Eles vão gravando os endereços, artigos e imagens mais interessantes em disquete e também fazem anotações escritas, com rápidos comentários sobre o que estão salvando O professor incentiva a troca constante de informações, a comunicação, mesmo parcial, dos resultados que vão sendo obtidos, para que todos possam se beneficiar dos achados dos colegas. É mais importante aprender através da colaboração, da cooperação do que da competição. O professor estará atento aos vários ritmos, às descobertas, servirá de elo entre todos, será o divulgador de achados, o problematizador e principalmente o incentivador. Depois de um tempo, ele coordena a síntese das buscas feitas, organiza os resultados, os caminhos que parecem mais promissores.
Passa-se, num segundo momento, à pesquisa mais focada, mais específica, a partir dos resultados anteriores. O mesmo tema vai ser pesquisado no mesmo endereço, de forma semelhante por todos. É uma forma de aprofundar os dados conseguidos anteriormente e evitar o alto grau de entropia e dispersão que pode acontecer na etapa anterior da pesquisa aberta. Como na etapa anterior é importante a troca de informações, a divulgação dos principais achados. Há vários caminhos para aprofundar as pesquisas: Do simples ao complexo, do geral ao específico, do aberto ao dirigido, focado. Os temas podem ser aprofundados como em ondas, cada vez mais ricas, abertas, aprofundadas. Os alunos comunicam os resultados da pesquisa. O professor os ajuda a fazer a síntese do que encontraram.
O professor atua como coordenador, motivador, elo de união do grupo. Os textos e materiais que parecem mais promissores são salvos, impressos ou enviados por e mail para cada aluno. Faz-se uma síntese dos materiais coletados, das idéias percebidas, das questões levantadas e se pede que todos leiam esses materiais que parecem mais importantes para a próxima aula, numa leitura mais aprofundada e que sirva como elo com a próxima etapa de uma discussão mais rica, com conhecimento de causa. Os melhores textos e materiais podem ser incorporados à bibliografia do curso. O professor utilizou uma parte do material preparado de antemão (planejamento) e o enriqueceu com as novas contribuições da pesquisa grupal (construção cooperativa). Assim o papel do aluno não é o de "tarefeiro", o de executar atividades, mas o de co-pesquisador, responsável pela riqueza, qualidade e tratamento das informações coletadas. O professor está atento às descobertas, às dúvidas, ao intercâmbio das informações (os alunos pesquisam, escolhem, imprimem), ao tratamento das informações. O professor ajuda, problematiza, incentiva, relaciona.
Ao mesmo tempo, o professor coordena a escolha de temas ou questões mais específicos, que são selecionados ou propostos pelos alunos, dentro dos parâmetros propostos pelo professor e que serão desenvolvidos individualmente ou em pequenos grupos. É interessante que os alunos escolham algum assunto dentro do programa que esteja mais próximo do que eles valorizam mais. Quanto mais jovens são os alunos, mais curto deve ser o tempo entre o planejamento e a execução das pesquisas. Nas datas combinadas, as pesquisas são apresentadas verbalmente para a classe, trazem um resumo escrito para a aula ou o enviam pela lista interna para todos os participantes. Alunos e professor perguntam, complementam, participam.
O professor procura ajudar a contextualizar, a ampliar o universo alcançado pelos alunos, a problematizar, a descobrir novos significados no conjunto das informações trazidas. Esse caminho de ida e volta, onde todos se envolvem, participam - na sala de aula, na lista eletrônica e na home page - é fascinante, criativo, cheio de novidades e de avanços. O conhecimento que é elaborado a partir da própria experiência se torna muito mais forte e definitivo em nós.
Construção colaborativa
A Internet favorece a construção cooperativa e colaborativa, o trabalho conjunto entre professores e alunos, próximos física ou virtualmente. Podemos participar de uma pesquisa em tempo real, de um projeto entre vários grupos, de uma investigação sobre um problema de atualidade.
Uma das formas mais interessantes de trabalhar hoje colaborativamente é criar uma página dos alunos, como um espaço virtual de referência, onde vamos construindo e colocando o que acontece de mais importante no curso, os textos, os endereços, as análises, as pesquisas. Pode ser um site provisório, interno, sem divulgação, que eventualmente poderá ser colocado a disposição do público externo. Pode ser também um conjunto de sites individuais ou de pequenos grupos que se visibilizam quando os alunos acharem conveniente. Não deve ser obrigatória a criação da página, mas incentivar a que todos participem e a construam. O formato, colocação e atualização pode ficar a cargo de um pequeno grupo de alunos.
O importante é combinar o que podemos fazer melhor em sala de aula: conhecer-nos, motivar-nos, reencontrar-nos, com o que podemos fazer a distância pela lista - comunicar-nos quando for necessário e também acessar aos materiais construídos em conjunto na home-page, na hora em que cada um achar conveniente.
É importante neste processo dinâmico de aprender pesquisando, utilizar todos os recursos, todas as técnicas possíveis por cada professor, por cada instituição, por cada classe: integrar as dinâmicas tradicionais com as inovadoras, a escrita com o audiovisual, o texto seqüencial com o hipertexto, o encontro presencial com o virtual.
O que muda no papel do professor? Muda a relação de espaço, tempo e comunicação com os alunos. O espaço de trocas aumenta da sala de aula para o virtual. O tempo de enviar ou receber informações se amplia para qualquer dia da semana. O processo de comunicação se dá na sala de aula, na internet, no e-mail, no chat. É um papel que combina alguns momentos do professor convencional - às vezes é importante dar uma bela aula expositiva - com mais momentos de gerente de pesquisa, de estimulador de busca, de coordenador dos resultados. É um papel de animação e coordenação muito mais flexível e constante, que exige muita atenção, sensibilidade, intuição (radar ligado) e domínio tecnológico.
Mudanças na educação presencial com tecnologias
Caminhamos para formas de gestão menos centralizadas, mais flexíveis, integradas. Para estruturas mais enxutas. Menos pessoas, trabalhando mais sinergicamente. Haverá maior participação dos professores, alunos, pais, da comunidade na organização, gerenciamento, atividades, rumos de cada instituição escolar.
Está em curso uma reorganização física dos prédios. Menos quantidade de salas de aula e mais funcionais. Todas elas com acesso à Internet. Os alunos começam a utilizar o notebook para pesquisa, busca de novos materiais, para solução de problemas. O professor também está mais conectado em casa e na sala de aula e com recursos tecnológicos para exibição de materiais de apoio para motivar os alunos e ilustrar as suas idéias. Teremos mais ambientes de pesquisa grupal e individual em cada escola; as bibliotecas se convertem em espaços de integração de mídias, software e bancos de dados.
Os processos de comunicação tendem a ser mais participativos. A relação professor-aluno mais aberta, interativa. Haverá uma integração profunda entre a sociedade e a escola, entre a aprendizagem e a vida. A aula não é um espaço de inado; mas tempo e espaço contínuos de aprendizagem. Os cursos serão híbridos no estilo, presença, tecnologias, requisitos. Haverá muito mais flexibilidade em todos os sentidos. Uma parte das matérias será predominantemente presencial e outra predominantemente virtual. O importante é aprender e não impor um padrão único de ensinar.
Com o aumento da velocidade e de largura de banda, ver-se e ouvir-se a distância será corriqueiro. O professor poderá dar uma parte das aulas da sua sala e será visto pelos alunos onde eles estiverem. Em uma parte da tela do aluno aparecerá a imagem do professor, ao lado um resumo do que está falando. O aluno poderá fazer perguntas no modo chat ou sendo visto, com autorização do professor, por este e pelos colegas. Essas aulas ficarão gravadas e os alunos poderão acessá-las off-line, quando acharem conveniente.
Haverá uma integração maior das tecnologias e das metodologias de trabalhar com o oral, a escrita e o audiovisual. Não precisaremos abandonar as formas já conhecidas pelas tecnologias telemáticas, só porque estão na moda. Integraremos as tecnologias novas e as já conhecidas. As utilizaremos como mediação facilitadora do processo de ensinar e aprender participativamente.
.Haverá uma mobilidade constante de grupos de pesquisa, de professores participantes em determinados momentos, professores da mesma instituição e de outras.
Quando vale a pena encontrar-nos na sala de aula?
Podemos ensinar e aprender com programas que incluam o melhor da educação presencial com as novas formas de comunicação virtual. Há momentos em que vale a pena encontrar-nos fisicamente,- no começo e no final de um assunto ou de um curso. Há outros em que aprendemos mais estando cada um no seu espaço habitual, mas conectados com os demais colegas e professores, para intercâmbio constante, tornando real o conceito de educação permanente.
Como regra geral, podemos encontrar-nos fisicamente no começo e no final de um novo tema, de um assunto importante. No início, para colocar esse tema dentro de um contexto maior, para motivar os alunos, para que percebam o que vamos pesquisar e para organizar como vamos pesquisá-lo. Os alunos, iniciados ao novo tema e motivados, o pesquisam, sob a supervisão do professor e voltam a aula depois de um tempo para trazer os resultados da pesquisa, para colocá-los em comum.
É o momento final do processo, de trabalhar em cima do que os alunos apresentaram, de complementar, questionar, relacionar o tema com os demais.
Vale a pena encontrar-nos no início de um processo específico de aprendizagem e no final, na hora da troca, da contextualização. Iniciar o processo presencialmente. O professor estimula, motiva. Coloca uma questão, um problema, uma situação real. Os alunos pesquisam com a supervisão dele. Uma parte das aulas pode ser substituída por acompanhamento, monitoramento de pesquisa, onde o professor dá subsídios para os alunos irem além das primeiras descobertas, para ajudá-los nas suas dúvidas. Isso pode ser feito pela Internet, por telefone ou pelo contato pessoal com o professor.
Equilibrar o presencial e o virtual
Se temos dificuldades no ensino presencial, não as resolveremos com o virtual. Se olhando-nos, estando juntos temos problemas sérios não resolvidos no processo de ensino-aprendizagem, não será "espalhando-nos" e "conectando-nos" que vamos solucioná-los automaticamente.
Podemos tentar a síntese dos dois modos de comunicação: o presencial e o virtual, valorizando o melhor de cada um deles. Aproveitar o melhor dos dois modos de estar.
Estar juntos fisicamente é importante em determinados momentos fortes: conhecer-nos, criar elos, confiança, afeto. Conectados, para realizar trocas mais rápidas, cômodas e práticas.
Realizar atividades que fazemos melhor no presencial: comunidades, criar grupos afins (por algum critério específico)
Definir objetivos, conteúdos, formas de pesquisa de temas novos, de cursos novos. Traçar cenários, passar as informações iniciais necessárias para situar-nos diante de um novo assunto ou questão a ser pesquisada.
A comunicação virtual permite interações espaço-temporais mais livres;
a adaptação a ritmos diferentes dos alunos;
novos contatos com pessoas semelhantes, fisicamente distantes;
maior liberdade de expressão a distancia.
Certas formas de comunicação as conseguirmos fazer melhor a distancia, por dificuldades culturais e educacionais de abrir-nos no presencial.
Na medida em que avançam as tecnologias de comunicação virtual, o conceito de presencialidade também se altera. Podemos ter professores externos compartilhando determinadas aulas, um professor de fora "entrando" por videoconferência na minha aula. Haverá um intercâmbio muito maior de professores, onde cada um colabora em algum ponto específico, muitas vezes a distância.
O conceito de curso, de aula também muda. Hoje entendemos por aula um espaço e tempo determinados. Esse tempo e espaço cada vez serão mais flexíveis. O professor continua "dando aula" quando está disponível para receber e responder mensagens dos alunos, quando cria uma lista de discussão e alimenta continuamente os alunos com textos, páginas da Internet, fora do horário específico da sua aula. Há uma possibilidade cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes em muitos tempos e espaços diferentes, quando tanto professores quanto os alunos estão motivados e entendem a aula como pesquisa e intercâmbio, supervisionados, animados, incentivados pelo professor.
As crianças terão muito mais contato físico, pela necessidade de socialização, de interação. Mas nos cursos médios e superiores, o virtual superará o presencial. Haverá uma grande reorganização das escolas. Edifícios menores. Menos salas de aula e mais salas ambiente, salas de pesquisa, de encontro, interconectadas. A casa, o escritório será o lugar de aprendizagem.
Poderemos também oferecer cursos predominantemente presenciais e outros predominantemente virtuais. Isso dependerá do tipo de matéria, das necessidades concretas de cobrir falta de profissionais em áreas específicas ou de aproveitar melhor especialistas de outras instituições que seria difícil contratar.
Caminhamos rapidamente para processos de ensino-aprendizagem totalmente audiovisuais e interativos. Nos veremos, ouviremos, escreveremos simultaneamente, com facilidade, a um custo baixo, às vezes em grupos grandes, em outros em grupos pequenos ou de dois em dois.
Tecnologias na educação a distância
Estamos numa fase de transição na educação a distância. Muitas organizações estão limitando-se a transpor para o virtual adaptações do ensino presencial (aula multiplicada ou disponibilizada). Há um predomínio de interação virtual fria (formulários, rotinas, provas, e-mail) e alguma interação on-line. Começamos a passar dos modelos predominantemente individuais para os grupais. O educação a distância mudará radicalmente de concepção, de individualista para mais grupal, de utilização predominantemente isolada para utilização participativa, em grupos. Das mídias unidirecionais, como o jornal, a televisão e o rádio, caminhamos para mídias mais interativas. Da comunicação off-line evoluímos para um mix de comunicação off e on-line (em tempo real).
Educação a distância não é só um "fast-food" onde o aluno vai lá e se serve de algo pronto. Educação a distância é ajudar os participantes a que equilibrem as necessidades e habilidades pessoais com a participação em grupos -presenciais e virtuais - onde avançamos rapidamente, trocamos experiências, dúvidas e resultados. Iremos combinando daqui em diante cursos presenciais com virtuais, uma parte dos cursos presenciais será feita virtualmente. Uma parte dos cursos a distância será feita de forma presencial ou virtual-presencial, vendo-nos e ouvindo-nos. períodos de pesquisa mais individual com outros de pesquisa e comunicação conjunta. Alguns cursos poderemos fazê-los sozinhos com a orientação virtual de um tutor e em outros será importante compartilhar vivências, experiências, idéias.
A internet está caminhando para ser audiovisual, para transmissão em tempo real de som e imagem (tecnologias streaming). Cada vez será mais fácil fazer integrações mais profundas entre TV e WEB. Enquanto assiste a de inado programa, o telespectador começa a poder acessar simultaneamente as informações que achar interessantes sobre o programa, acessando o site da programadora na Internet ou outros bancos de dados.
As possibilidades educacionais que se abrem são fantásticas. Com o alargamento da banca de transmissão como acontece na TV a cabo torna-se mais fácil poder ver-nos e ouvir-nos a distância. Muitos cursos poderão ser realizados a distância com som e imagem, principalmente cursos de atualização, extensão. As possibilidades de interação serão diretamente proporcionais ao número de pessoas envolvidas.
Teremos aulas a distância com possibilidade de interação on-line e aulas presenciais com interação a distância.
Algumas organizações e cursos oferecerão tecnologias avançadas dentro de uma visão conservadora (lucro, multiplicação)
O ensino será um mix de tecnologias com momentos presenciais, outros de ensino on-line, adaptação ao ritmo pessoal, mais interação grupal, avaliação mais personalizada (com níveis diferenciados de visão pedagógica)
Outras organizações oferecerão tecnologias de ponta com visão pedagógica avançada (cursos de elite, subsidiados).
O processo mais lento do que se espera. Iremos mudando aos poucos, tanto no presencial como no educação a distância. Há uma grande desigualdade econômica, de acesso, de maturidade, de motivação das pessoas. Alguns estão prontos para a mudança, outros muitos não. É difícil mudar padrões adquiridos (gerenciais, atitudinais) das organizações, governos, dos profissionais e da sociedade.
Ensinar com as novas mídias será uma revolução, se mudarmos simultaneamente os paradigmas convencionais do ensino, que mantêm distantes professores e alunos. Caso contrário conseguiremos dar um verniz de modernidade, sem mexer no essencial. A Internet é um novo meio de comunicação, ainda incipiente, mas que pode ajudar-nos a rever, a ampliar e a modificar muitas das formas atuais de ensinar e de aprender.
BIBLIOGRAFIA

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____________. Um jeito de ser. São Paulo: EPU, 1992.
SHAFF, Adam. A Sociedade Informática. São Paulo: Brasiliense-UNESP,1992.
SEABRA, Carlos. Usos da telemática na educação. In Acesso; Revista de Educação e Informática. São Paulo, v.5, n.10, p.4-11, julho, 1995.


Disponível em : http://www.eca.usp.br/prof/moran/inov.htm acessado dia 16/08/2013 às 19h e 30 min.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Eu na Web: uma experiência virtual.

           
            Venho me desenvolvendo aos poucos com as novas tecnologias, inclusive com a Internet, antes tinha medo de apertar um teclado que fosse do meu computador, hoje me sinto mais solta e não consigo ficar sem estas tecnologias. Logo pela manhã ao acordar já ligo o notebook para ver Notícias do Brasil e do mundo, ligo minha conta na rede social facebook e vou fazer o café da manhã enquanto conecta os sites, me arrumo para o trabalho, já pronta com o café na mão e meu esposo com a TV ligada, sento-me no sofá e começo dar uma olhada rápida e ao mesmo tempo olho na TV...
            Considero a Internet um meio principal da comunicação, pois me favorece em uma curta duração, nela há uma facilidade de informações, pois, encontramos várias coisas com facilidade em pesquisa ou não. Antes sem Internet em casa, eu nem ligava para me qualificar, pesquisar, analisar, investigar, hoje com a Internet, o cenário em minha vida mudou por completo. Logo após que me formei em Letras, realizei vários cursos e me considero uma Professora mediadora do conhecimento. Hoje eu gosto da plataforma da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, “o moodle” porque é bem simples, mas apanhei muito para aprender em partes, agora minhas colegas me perguntam o básico das coisas e eu posso responder, pois aprendi a mexer.
            Sou Professora de Português numa escola municipal de minha cidade e adoro levar meus alunos para sala de tecnologia, creio que estes incentivos os levem ao fascínio diante de tantas possibilidades que a Internet os oferece.  Os Alunos hoje podem compartilhar ideias e aprofundar as pesquisas relacionadas ao assunto em um ambiente de reflexão, com bibliotecas virtuais, guias, apostilas interativas e muito mais, diante de muitas possibilidades de busca, a navegação torna-os mais fascinante para os trabalhos realizados em sala de aula.
Transcrevo aqui uma frase de Paulo Freire, muito conhecida que diz: “A leitura do mundo precede a leitura da palavra”, de fato, devemos ler não apenas os livros, mas receitas, conta de luz, jornais, revistas, as pessoas, os relacionamentos, charges, pinturas, animais, blogs, Twitter, as redes sociais antigas como: (Facebook, Orkut, My Space, Badoo, etc..) e agora são mais de dez redes sociais novas pela qual se acessa pelo celular como: (O Pheed, Vine, Thumb, Pergunter, Medium, Vendly, Chirpify, Skoob, Chirp, Twoo, Instagram, etc...), sinto-me ainda desatualizada, mas procuro sempre incentivar meus alunos para se comunicarem através de algum. Estou tentando resolver estes problemas rapidamente em meu dia a dia, mas minhas limitações em usar o poder da tecnologia me fazem agir com muito cuidado.
Coloco aqui uma frase de Bill Gates, que me chamou muito minha atenção: “Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever, inclusive a sua própria história”. Para mim, que nunca havia estado nesse mundo da Web, me pareceu ser um “lugar” muito perigoso, cheio de coisas ruins, imagens perturbadoras, hackers prontos a atacarem meu computador, vírus a cada clique e por aí vai. Mas depois de uma graduação e que consegui acessar sem medo e pesquisar sobre tudo que necessito venho-me imigrando gradativamente. Ainda que a Web (Internet) apresente muitas novidades para todas as idades temos sempre que tomar cuidado no que clicamos não só para nos preservar, mas para que não percamos nossos computadores com vírus indesejados.  Aconselho-vos que acessem a Web pelo menos uma vez no dia, sua vida ficará bem mais vivida e claro sempre com segurança. Eu pretendo aprender mais sobre tecnologia e mídias sociais a cada dia.