“A educação como prática de liberdade, ao contrário daquela que é prática de dominação, implica na negação do homem abstrato, isolado, solto, desligado no mundo, assim também na negação do mundo como uma realidade ausente nos homens.” (Paulo Freire, Educação como prática da liberdade).
domingo, 8 de julho de 2012
A sexa...
Olá pessoal... Li algumas crônicas do escritor Luis Fernando Verissimo. Simplesmente adoro esse escritor, pois, são crônicas e contos humorados e diga-se de passagem, são bem HUMORADOS... Então, como sou fã de seu estilo literário e resolvi postar hoje no meu blog uma crônica que é uma das minhas favoritas,não é por que estudamos muito esta crônica, é porque aprendi a amar esta crõnica. Espero que gostem também,divirtam-se com um dos melhores escritores brasileiros.
SEXA...
- Pai… - Hmmm? - Como é o feminino de sexo? - O quê? - O feminino de sexo. - Não têm. - Sexo não tem feminino? - Não. - Só tem sexo masculino? - É. Quer dizer, não. Existem dois sexos. Masculino e feminino. - E como é o feminino de sexo? - Não tem feminino. Sexo é sempre masculino. - Mas tu mesmo disse que tem sexo masculino e feminino. - O sexo pode ser masculino ou feminino. A palavra “sexo” é masculino. O sexo masculino, o sexo feminino. - Não devia ser “a sexa”? - Não. - Por que não? - Porque não! Desculpa. Porque não. “Sexo” é sempre masculino. - O sexo da mulher é masculino? - É. Não! O sexo da mulher é feminino. - E como é o feminino? - Sexo mesmo. Igual ao do homem. - O sexo da mulher é igual ao do homem? - É. Quer dizer… Olha aqui. Tem o sexo masculino e o sexo feminino, certo? - Certo. - São duas coisas diferentes. - Então como é o feminino de sexo? - É igual ao masculino. - Mas não são diferentes. - Não. Ou, são! Mas a palavra é a mesma. Muda o sexo, mas não muda a palavra. - Mas então não muda o sexo. É sempre masculino. - A palavra é masculina. - Não. “A palavra” é feminino. Se fosse masculina seria “o pal…” - Chega! Vai brincar, vai. O garoto sai e a mãe entra. O pai comenta: - Temos que ficar de olho nesse guri… - Por quê? - Ele só pensa em gramática. De: Luís Fernando Veríssimo
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